domingo, 26 de maio de 2013

Castelo de Berg

O Castelo de Berg localiza-se na cidade de Colmar-Berg, no centro de Luxemburgo, próximo da confluência dos rios Alzettee e Attert. É a principal residência do Grão-Duque de Luxemburgo.

Embora a propriedade em Colmar-Berg remonte ao ano de 1311, só chegou à posse dos grão-duques de Luxemburgo em 1845, quando o rei Guilherme II dos Países Baixos o adquiriu do barão Claude de Pasquier.

A Revolução Belga havia separado o Luxemburgo dos Países Baixos e dividido o terrtório em dois, minando o controle holândes da fortaleza do Luxemburgo.  O grão-duque Guilherme II pensava em estabelecer uma residência grã-ducal adequada no Luxemburgo, esperando que a divisão do seu tempo entre Haia e o Luxemburgo pudesse apaziguar a população local, predominantemente católica apostólica romana. Com esse fim em vista, o grão-duque comprou a propriedade do Castelo de Berg do barão Pasquier. Em 1848, o edifício foi reconhecido como a casa exclusiva do grão-duque pela constituição recém-promulgada.

Em 1890, a união pessoal entre os Países Baixos e Luxemburgo terminou, e o novo grão-duque, Adolfo, primo da rainha Guilhermina dos Países Baixos, adquiriu o Castelo de Berg no ano seguinte. O castelo tornar-se-ia a residência do seu filho, o grão-duque hereditário Guilherme, e da sua nora, Maria Ana de Bragança. A grã-duquesa Maria Adelaide, nascida no Castelo de Berg em 1894, viria a tornar-se, em 1912, o primeiro monarca luxemburguês a nascer no grão-ducado.

Em 1906, Guilherme IV mandou demolir o velho castelo e construir um novo no seu lugar, desenhado pelo arquiteto sediado em Munique, Max Ostenrieder e pelo arquiteto local Pierre Funck-Eydt. As obras do novo edifício começaram em 1907, tendo sido concluídas em 1911. Tornou-se, então, na principal residência da família grã-ducal.

Durante a Grande Depressão, a família grã-ducal passou por um período financeiro difícil. A grã-duquesa Charlotte procurou um acordo com o governo do Luxemburgo, ao abrigo do qual o grão-ducado alienava algumas propriedades pessoais para o governo, permitindo, porém, que a família grã-ducal as usasse como residências oficiais. Em 1934, tal acordo atingiu o Castelo de Berg, juntamente com grande parte da Floresta de Grünewald; as duas propriedades mudaram de proprietários pela quantia de 40 milhões de francos luxemburgueses, dos quais 20 milhões diziam respeito ao castelo; isto foi visto pelo governo como uma subavaliação (tal como o preço de Grünewald), uma vez que tinham avaliado o castelo em 22 milhões.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a grã-duquesa Charlotte exilou-se com o governo em Londres, sendo o castelo ocupado pela Alemanha Nazi. Neste período, foram roubadas as mais valiosas obras de arte do castelo, sofrendo o próprio edifício importantes alterações para se adaptar ao propósito nazi de reeducar raparigas locais. Após o conflito, o restauro do castelo demorou vários anos, vindo a ser ocupado, somente, em 1964, quando o grão-duque Jean subiu ao trono. Entretanto, a sua família residiu no Castelo de Fischbach, embora este estivesse longe das suas preferências.

O Castelo de Berg é, atualmente, uma das duas propriedades cobertas por acordos semelhantes, sendo a outra o Palácio Grão-ducal, na Cidade do Luxemburgo. O direito dos grão-duques em residir nestes dois palácios está inscrito no Artigo nº 44 da Constituição do Luxemburgo. É habitado, presentemente, pelo grão-duque Henri, pela grã-duquesa Maria Teresa e pelos seus filhos.

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