domingo, 26 de maio de 2013

Castelo de Fischbach

O  Castelo de Fischbach possui uma história muita longa entre todos os castelos do Luxemburgo. A propriedade foi originalmente a Abadia de Echternac, que foi a instituição religiosa mais poderosa do Luxemburgo por vários séculos. Tempos depois, passou por algumas modificações e renovações. Durante a Guerra dos Trinta Anos, foi completamente destruído.

Durante o século XIX, o castelo foi comprado por Auguste Garnier, um industrial e metalúrgico, que transformou a propriedade num centro industrial ao instalar alto-fornos. Em 1850, o castelo foi adquirido pela primeira vez por um chefe de Estado, quando o Grão-duque Willem II comprou a propriedade para consolidar o seu controle político sobre o Luxemburgo e para aplacar a população local após a Revolução Belga. Imediatamente ordenou a demolição dos alto-fornos de Garnier.

Em 1884, o Castelo de Fischbach foi adquirido do Grão-duque Willem III pelo Duque Adolfo de Nassau, que se tornaria Grão-duque do Luxemburgo quando a união pessoal entre o Luxemburgo e os Países Baixos terminou, em 1890.

Durante a ocupação nazista da Segunda Guerra Mundial, Fischbach foi convertido numa casa de repouso para artistas alemães, chamado Künstlerheim Fischbach. Apesar da designação, Fischbach não conseguiu impedir o saque de obras de arte que ocorreu noutros palácios do Luxemburgo. Contudo, ao contrário do que aconteceu noutras residências reais, não foi renovado ou parcialmente demolido para se adaptar às intenções nazistas, estando em condições habitáveis quando a Grã-duquesa Charlotte regressou do exílio.

Devido à inadequação dos outros palácios reais, Charlotte continuou a viver em Fischbach depois da guerra e tomou gosto pelo local. Mesmo após a restauração completa do Castelo de Berg e do Palácio Grão-ducal, a Grã-duquesa Charlotte permaneceu em Fischbach durante o resto do seu reinado. De fato, mesmo depois da sua abdicação, em 1964, em favor do seu filho, Jean, decidiu continuar a viver em Fischbach até à sua morte, ocorrida em 1985. Dois anos depois da morte de Charlotte, o Príncipe Henri e a sua esposa, a Maria Teresa, mudaram-se para o castelo, onde viveram até que Henri sucedeu a seu pai, Jean, como Grão-Duque do Luxemburgo.

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